A vulvodínia é uma síndrome multifatorial, uma condição que gera um desconforto crônico na vulva que interfere no bem estar de milhares de mulheres anualmente. O primeiro caso de aparição do problema foi descrito em 1880 e, desde então, as mulheres vêm procurado especialistas para buscar a causa e solucionar essa síndrome. A vulvodínia localizada gera uma sensação de desconforto e dor ao toque em uma área específica que pode ser o vestíbulo, clitóris ou unilateral e pode ser originada desde a primeira relação sexual caracterizada como primária ou secundária quando se origina após um certo período de tempo de atividade sexual normalizada.
Vulvodínia – Possíveis causas
Apesar dos sintomas serem bem específicos, não se sabe ao certo a causa dessa síndrome, mas existem algumas pesquisas que apontam para uma desordem crônica dos nervos da vulva. A condição pode ser originada por fatores genéticos, inflamação crônica, alterações hormonais ou vias nervosas, alterações dietéticas, disfunção muscular do assoalho pélvico, fatores imunes e psicossociais, etc. Sabe-se que algumas infecções do genital podem ocasionar o problema.
A ginecologia tem avançado nessa área e, algumas revelações mostram que a vulvodínia pode estar associada a outra doenças como cistite intersticial, fibromialgia, síndrome do intestino irritável, candidíase, enxaqueca, fadiga crônica e até problemas psicológicos como depressão e estresse pós-traumático.
Sintomas e tratamentos
Os sintomas da condição são similares à dor descrita por pacientes com nevralgia pós-herpética ou neuropatia diabética, em que ocorre uma espécie de queimação. O tratamento da vulvodínia requer um cuidado especial por parte da ginecologista, uma vez que se trata de uma síndrome de caráter multifatorial. A especialista deve atuar em parceria com neurologistas, psicólogos, dermatologistas, entre outros profissionais que possam detectar a causa e aplicar a melhor forma de tratamento possível.
Importante ressaltar que o tratamento pode ser longo, devido à dificuldade de descobrir a origem do problema e que o objetivo principal é atenuar os sintomas de desconforto, levando a paciente a retornar às suas atividades diárias e ter uma vida sexual ativa, pois a resolução completa do problema pode ser uma medida a longo prazo e nem sempre garantida. A diminuição da dor e desconforto pode levar de semanas a meses, dependendo da gravidade do caso.