Pesquisas recentes apontam que o Zika vírus durante a gravidez pode causar microcefalia. A microcefalia é uma má formação congênita e pode ser diagnosticada pelo exame de ultrassom na gestação ou após o nascimento. A doença pode ter tanto por causas genéticas quanto adquiridas, no caso desta última podemos citar a infecção por Zika vírus, traumas, uso de substâncias termogênicas na gestação como o álcool e drogas. Entretanto, a relação entre o Zika vírus e gravidez ainda não está totalmente clara nem definida pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Em 2009 o professor Brian Foy, da Universidade Estadual do Colorado mostrou indícios que a transmissão do Zika vírus pode ocorrer através da relação sexual com pessoas infectadas, o que aumentaria as chances do bebê adquirir a doença. A melhor forma de prevenir o Zika vírus na gravidez é obedecer aos cuidados paliativos para evitar infecção viral de forma rigorosa, uma vez que não se saber ao certo todos os efeitos que o vírus pode exercer sobre a mãe e o feto.
Medidas governamentais
O Governo Brasileiro tem adotado uma postura diferente de outros países da América Latina que também sofrem com o surto de Zika vírus e que recomendam que as mulheres não engravidem (como a Colômbia, El Salvador). Provavelmente porque essa recomendação exigiria uma política de mais investimento nas áreas de prevenção de fertilidade para as mulheres de idade avançada (congelamento de óvulos e reprodução assistida) e levantaria a discussão sobre a interferência do Estado na vida do cidadão e o direito de gerir a própria vida.
Diagnóstico e tratamento do Zika na gravidez
Até o presente momento não existem vacinas ou drogas antivirais disponíveis para o tratamento e prevenção de sintomas da infecção contra Zika vírus na gravidez ou fora dela. Os sintomas da infecção podem ser controlados com medicamentos sintomáticos.
O ideal ainda é a prevenção, eliminando possíveis criadouros, usando roupas que protegem o corpo contra picadas, repelentes na pele e uso de telas nas janelas, sendo essas as medidas mais eficientes para a gestante. Os repelentes na gestante devem ser à base de DEET 10% ou de icaridina. Outros cuidados importantes estão associados à proteção pessoal com roupas que cubram os braços, pernas e pés, evitar áreas com mosquito, colocar telas e manter janelas fechadas nos horários do dia de maior circulação do mosquito.
